BANDA DA SEMANA - SAMUEL ÚRIA

Samuel Úria nasceu em Tondela, em plena Beira Alta, bem no coração de Portugal. Diz ele que as suas raízes beirãs influenciam muito tudo o que ele faz e tudo o que ele é. Nasceu no seio de uma familía da religião evangélica baptista, o que caracteriza Samuel, nem que seja pelos valores que lhe foram incutidos.
Samuel não tinha grandes ambições musicais quando era mais novo, pensava em ser ilustrador de banda desenhada, pois era no desenho que Samuel se recriava. No entanto a música sempre teve na sua vida, uma grande presença. Talvez por ter amigos a pensar seriamente que podia fazer música e sendo Samuel uma pessoa muito mais reactiva que proactiva, diz ter-se deixado levar na conversa e é por isso que hoje em dia faz música.
Comprou uma guitarra de 15€ em 2003 num qualquer hipermercado com a qual compôs as suas primeiras canções, facto que diz ele ser uma boa desculpa para quando alguém não gosta das suas canções - " também tens que ver que foi feita com uma guitarra de 15 euros, o que é que vocês queriam?", por outro lado quando alguém gosta das músicas também pode surpreender dizendo " .. e vê lá tu que foi escrita com uma guitarrinha que não vale nada..".
Diz Samuel que faz parte da geração em que se instituiu a cultura alternativa, sendo que hoje em dia é um pouco dificil definir o que é musica alternativa porque sendo que tudo é alternativo, se calhar no "back-to-basics" é que está o alternativismo.
Samuel é membro do movimento FlorCaveira, a editora discográfica independente portuguesa fundada em 1999, por Tiago Guillul, músico, compositor, cantor, blogueiro e pastor da igreja Baptista.
Apesar de se ter celebrizado nos últimos anos pelos seus trabalhos a solo, Samuel integra outros projectos como o supergrupo da Florcaveira "Os Ninivitas" e o porjecto "Maria Clementina".
Lançou em 2003 o seu primeiro album intitulado " O caminho ferroviário estreito", mas só alguns discos depois em 2009 com o album "Nem lhe Tocava", captou a atenção de um público mais alargado e da imprensa portuguesa, com a crítica a ser consensual na consideração de Samuel Úria como um dos mais importantes escritores de canções da actualidade.
No dia 10 de Junho de 2009, Úria escreveu e gravou, num só dia, um disco inteiro em sua casa. A composição e registo das músicas foi filmada e transmitida em directo pela internet, enquanto os espectadores forneciam sugestões via email. O resultado foi o disco " A Descondecoração de Samuel Úria", lançado um ano depois.
Mais recentemente editou o seu 3º LP, intitulado "Grande Medo do Pequeno Mundo", um disco imediatamente acolhido pela crítica e pelo público. Um disco que diz Samuel, falar sobre as dificuldades que as pessoas têm em lidar com coisas que são maiores do que elas. Os medos têm de ser maiores do que nós, porque nos dominam, de certa maneira.
Diz também Samuel que este último disco é um "disco de amigos", consequência das várias participações de artistas nacionais que se destacam neste album, como Manel Cruz, Márcia, António Zambujo ou Gonçalo Gonçalves, facto que trouxe a este LP a noção antiga de comunidade, que sempre existiu na FlorCaveira, de arranjar amigos para fazer músicas com amigos.
"Fazer música é um prazer, mas fazer música com amigos é um prazer redobrado", e isto percebe-se ao ouvir "Grande Medo do Pequeno Mundo" em temas como "Eu Seguro", "Triunvirato" ou "Lenço Enxuto".

MBV

Video: Eu seguro  http://www.youtube.com/watch?v=SrHm-4X99fI
Facebook: https://www.facebook.com/samu3luria?fref=ts
Youtube: http://www.youtube.com/user/samueluriavideo?feature=watch
Twitter: https://twitter.com/SamuelUria
Site: https://myspace.com/samueluria

Nós Queremos! na imprensa

A Mafalda fala do Nós queremos (e de si) ao Diário Económico (20/Dezembro)

Nós Queremos! com os Playing for Change

Fotos : Nós Queremos! com os Playing for Change

BANDA DA SEMANA - YOU CAN'T WIN, CHARLIE BROWN

Em 2008 foi lançado um EP chamado Sounds & Shapes pela banda portuguesa V.Economics, Ex Voodoo Economics. Para quem ouviu este EP sabe que a qualidade apresentada por uma banda pouco ou quase nada falada surpreendeu pela positiva todos os seus ouvintes. Um EP de 5 faixas, onde o piano actua como um fio condutor de toda a acção instrumental e adiciona à música um tom mais melancólico, quase depressivo puxando com ele a guitarra, o baixo, a bateria e a voz também ela cheia de melancolia e pesar, devaneando e arrastando-se em gritos ecoantes. Uma banda vista, por quem a ouviu, como bastante promissora mas que desapareceu. Mas não sem deixar rasto.
Em 2009 Afonso Cabral, Salvador Menezes (Ex-V.Economics) e Luís Costa começaram o projecto chamado You Can't Win Charlie Brown. Um trio que rapidamente passou a quarteto com a chegada de David Santos também conhecido por Noiserv. Em 2010 lançaram o 1º EP homónimo, pela Optimus Discos. Este EP foi muito bem recebido pela crítica, a meu ver, faltava-lhe qualquer coisa, a melancolia da voz do Afonso estava lá assim como o piano, e isso trazia-nos à lembratura os V.Economics. Eis senão quando decidiram recrutar, para ajudar nas actuações ao vivo, João Gil e Tomás Sousa também eles ex-integrantes dos V.Economics, completando assim a banda de 6 que soava agora melhor que nunca.
Começaram então a trabalhar o album de estreia, que foi lançado em 2011 pela Pataca records, Chromatics.
Com este album juntámos a qualidade instrumental que adorávamos em V.Economics, ritmos mais dançantes mas sem nunca perder a tal melancolia imbutida na voz e no piano e uma energia nova, a meu ver, culpa da diversidade de personalidades que formam o conjunto e complementariedade que existe entre eles, assim como o leque de instrumentos tocados pelos vários elementos que é bastante diversificado.
Em 2012 a banda foi convidada para participar no festival South by Southwest em Austin no Texas, festival que é considerado por muitos como a Meca da música Indie. O problema foi que a banda não tinha como pagar as despesas, pois no caso deste festival, tudo fica a cargo da banda foi então que recorreram ao crowdfunding, cada pessoa podia deixar a sua contribuição no site da banda.
A banda irá lançar o seu segundo album em Janeiro de 2014, Diffraction / Refraction será o nome do disco e já podem ouvir o primeiro single "Be My World".
MBV

BANDA DA SEMANA - KING KRULE

De seu nome Archy Marshall e com apenas 19 anos, com a sua voz profunda, ressoante, prematuramente "enferrujada" que contrasta com a sua imagem pálida de teenager desenquadrado, já conta com vários projectos diferentes, como DJ JD Sports, Edgar the Beatmaker e Zoo Kid, que agora assina como King Krule (inspirado no filme King Creole). Archy foi pela primeira vez King Krule quando tocou no festival francês Hyères em Julho de 2011, nome que usou também para o título do seu primeiro EP lançado pela editora True Panther Sounds em Novembro do mesmo ano.

Em Dezembro de 2012, foi nomeado para Sound of 2013 pela BBC juntamente com nomes como Haim, Chvrches, AlunaGeorge, Little Green Cars, entre outros.

Em fins de Agosto deste ano lançou o seu primeiro album "6 Feet Beneath The Moon".

É dificil classificá-lo num género musical, tem um toque de várias coisas, tem um toque de Indie-rock tem um toque de blues, para mim até tem um quê de jazz, podemos dizer que é darkwave e podemos dizer que é post-punk/post-hip-hop e se calhar é isso que nos cativa, o facto de ser diferente, de não acontecer com ele o que acontece com muitas das bandas de hoje, que são apenas cópias de outra já existente e que facilmente classificamos como isto ou aquilo, não que isso as torne más, mas talvez isso não nos cative como o Archy cativa, com a sua mistura de uma voz diferente, inconfundível, de sotaque carregado, com o seu estilo próprio de tocar guitarra usando e abusando do eco, das batidas inesperadas e das letras...as letras, por vezes cantadas, por vezes quase faladas, que evocam uma espécie de contos introspectivos sobre o amor não correspondido e a frustração pessoal, sempre de forma poética, crua e indomada.

E pensar que fez agora 19 anos...

MBV

GANHA UMA ENTRADA DUPLA PARA PLAYING FOR CHANGE!!!

GANHA UMA ENTRADA DUPLA PARA PLAYING FOR CHANGE!!!

*Os participantes deverão estar registados no site Nós Queremos! Se ainda não estiverem registados deverão fazê-lo.

**Será premiada a melhor frase que junte as palavras “Nós Queremos!” e “Playing for Change” - mediante os critérios: número de “likes” + originalidade da frase.

*** Respostas até às 15:00 do dia 13 Dezembro - data em que será também anunciado/a o/a vencedor/a.

| Playing for Change | Tivoli | 18 Dezembro |

Participem e BOA SORTE!!